🚨 PEC da Blindagem: proteção institucional ou escudo da impunidade?
A proposta expõe mais que um conflito político
— escancara a distância entre quem governa e quem é governado.
A Constituição já oferece salvaguardas
suficientes ao Parlamento. Criar novas camadas de proteção não fortalece a
democracia; fortalece o medo de ser fiscalizado.
Quando o Legislativo tenta erguer muros contra
investigações, nasce um paradoxo perigoso: o poder que deveria responder ao povo passa a responder apenas a si mesmo.
Frases duras, mas necessárias:
- Blindagem não é sinônimo de independência.
- Privilégio não é ferramenta republicana.
- Quem cria escudo para si, cria vulnerabilidade para o Estado.
- E toda proteção excessiva, na prática, vira incentivo à impunidade.
Enquanto o cidadão comum encara fila, multa,
processo e burocracia sem prerrogativas, parlamentares disputam o direito de não serem alcançados pela lei que eles
mesmos aprovam.
Chamam isso de “equilíbrio entre poderes”.
Mas para o olhar técnico, parece algo simples: autoproteção institucionalizada.
A pergunta incômoda — e lógica — permanece: Se o poder é representativo, por que o representante precisa de mais escudo que o representado?
Como especialista em gestão pública, fica o
alerta: toda vez que privilégios se expandem, a República encolhe. E quando a política se protege demais, a sociedade perde o único freio que
mantém o Estado honesto: a transparência.
🔎 Para
refletir, Uberaba:
Em que momento a blindagem política deixa de
ser proteção institucional e passa a ser um mecanismo de descompromisso com
você — o cidadão que sustenta o sistema?


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